Segundo capítulo: o hibridismo espiritual
Materialmente falando as espécies se cruzam e se procriam, o espírito nasce de uma diferenciação de essência divina, compartilhando desta maneira a vida do criador, sim o espírito e a alma nascem puros em vitalidade espiritual, sendo o ego que os torna imperfeitos em sua simplicidade e ignorância, cabendo à evolução moral dos mundos a lapidação do ego espiritual, até que a vida humana se construa egoisticamente e sem egoísmo desnaturalizado, este é o qual alimenta a corrupção do pensamento humano, sendo o egoísmo do eu divino em nós a onipotência do criador nosso Deus. Quando se diz que temos em nós o princípio inteligente divino, é para frisar o quanto somos criados à imagem e semelhança de Deus, nos dando assim vida eterna e capacidade para nos despojar das imperfeições do ego.
Diferentemente da genética material, o cruzamento híbrido entre as espécies espirituais se dá com o amor divino, e isto é uma faculdade que contem a vida do criador e nos faz solidários, de modo que herdamos no ato de nossa criação humana e primitiva a responsabilidade solidária entre os humanos nas sociedades, responsabilidade esta que nos torna solidários e dependentes do criador e mutuamente de outras vidas humanas, e também conscientes de que a vida animal encerra o ato dominante do homem espírito sobre as outras espécies animais.
A virtude divina em condicionar o homem a procurar por sua manutenção, denomina-se ato instintivo, este se qualifica mediante a lei de causa e efeito pensante e desenvolve o ato sentimental, adequando-o à inteligência no seu discernimento, isso possibilita-nos obter respaldo divino no caminho do crescimento espiritual , segundo alguns detalhes como a manutenção da vida.
É importante entender que somos criaturas animais e que podemos desenvolver inteligência, para que o ato divino em cruzar as espécies possa conferir maior vantagem de perfeição essencial na sua diferenciação, surgindo disso a certeza de que seremos sempre dependentes na vida e isso em relação à humildade e o poder de Deus, sim por mais que sejamos dignos do livre arbítrio, por possuirmos a vida inteligente de Deus em essência, seremos sempre dependentes do criador da materialização, e isto é a lei da vida, com a qual Deus trabalha e organiza os mundos em evolução, assim temos que aprender a pensar simbioticamente, para conseguirmos adentrar a natureza do criador em nós, com isso é importante saber que simbiose humana é ato que dignifica o espírito quando o mesmo se qualifica em servir ao próximo como a si mesmo, é por isto que Jesus Cristo disse, “ amai uns aos outros como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas.”
Em sintonia com o despertar do espírito podemos aurir forças, isso a cada momento de existência, e nas relações humanas aurimos forças impressionantes, as mesmas nos fazem compartilhar o amanhã e o momento com o semelhante, logo, é vivendo as relações simbióticas como relações humanas, que progredimos juntos dos atos nossos e em relação à criação divina. Deveras que temos mais a mostrar, do que simplesmente sermos aqueles que esquecem do seu irmão de jornada humana, ou seja, o semelhante.
Hibridismo espiritual releva a condição humana em estar unida a Deus essencialmente e divinamente. O mesmo hibridismo soluciona a caracterização da personalidade, quando o espírito e a alma são ordenados pelo senso moral, e acabam por conseguir triunfar na lei de causa e efeito essencial à vida. Devemos conduzir em nós a prática da caridade em sua ciência e desta forma manter o pensamento ativo nas mais atuantes e serenas convicções de além túmulo, olhando sempre para as lições evangélicas, visando com isso coordenar o espírito e a alma, afim de mantê-los vivazes e fecundos, para que o hibridismo espiritual repercuta nas mais belas ações da criação.
Relacionar situações de cunho moral satisfaz a embriologia do espírito, pois desde há muito tempo, Deus nos criou para o desenvolvimento espiritual, cuja finalidade era a de adequar os sentimentos ao discernimento racional e moral, com esta performance nós conseguimos suscitar a adaptação instintiva à razão e assim desfrutar de evolução espiritual. A criação do espírito significa materialização do pensamento ou desenvolvimento da consciência.
Ao passo da criação do espírito mais a alma, Deus diferenciou a matéria divina e conduziu a criação do espírito e a alma, suscitando desta maneira o ser puro e inteligente, porém,para que existisse a evolução do ego Deus também criou vibrações de ordem vital na personalidade humana, à qual se desenvolveria com o tempo de encarnações e até mesmo no mundo espiritual. Primazialmente, o que acontece fenomenalmente na vida do homem em evolução é o encontro entre as espécies humanas e outras, constituindo, com isso, um grande sistema de vidas que pensam e agem instintivamente e vidas inteligentes no caso a vida do homem.
A genética espiritual é um sincronismo perfeito entre o amor de Deus e a alma mais o espírito do ser racional, este sincronismo abrange os animais mais instintivos, junto aos quais o amor De Deus age onipotentemente, viabilizando obviamente a existência da natureza do ser.
É com razão que Deus habita em nós, pois nos eterniza em vida, sendo cada pessoa um grande estado de vida eterna.
Se existe dúvidas quanto a existência de um Deus é porquê a vida ainda não aprendeu a amar, e é vivendo que desenvolveremos a adequação dos sentimentos para com os desígnios do criador, junto ao qual a vida se estabelece vitalmente.