Quinto capítulo: separando o joio e o trigo


É ou não coerente dizer que somos animais inteligentes, em um certo nível ecológico, sim é óbvio que ao se dizer o referido, muito do que parece estranho à natureza dos olhos, encontra na razão lugar de centro na observação comportamental, e que se o que difere os animais é também o seu nível instintivo, fica claro o quanto a inteligência precisa ser organizada em seus valores morais e éticos. A ciência sabe o quanto somos detentores de discernimento, porém, ela tem dificuldades de ensinar o homem inteligente, sim esta criatura humana, mas por que sendo o homem inteligente e superior aos demais animais, acaba por criar situações de menosprezo ao mundo em que vivemos? Isso acontece porquê estamos passando por evolução animal ou espiritual, contemplando em nós o lado instintivo e inteligente, isso gera complicação na evolução da consciência, pelo fato que ao vivermos o instinto e a inteligência, passamos a viver diferenças de comportamentos mentais e sentimentais, ou seja, o instinto apercebe-se dos sentimentos e a inteligência instintiva da razão, o que cria subjetivismo e modos inteligentes de se viver, isso resulta em formas de apoio ao ato racional, contudo , nos coloca bem próximos dos seres instintivos e não racionais segundo nível ecológico, criando assim um elo entre razão e subjetivismo, o que determina a euforia da vida e seus impulsos vitais, logo o homem é princípio inteligente mas muito mais instintivo, dando ênfase assim aos modos naturais em se ser.
Como comportamento animal o homem traz consigo as suas inclinações instintivas e como comportamento inteligente ele gera ânimo de vida instintiva, as duas afirmações referidas cogitam a simplicidade do ser animal inteligente, enfatizando o como somos detentores de animosidade. Precisamos alcançar os laços sociais, já que ecologicamente somos sociáveis, pretendendo assim concluir com o desfecho da superioridade animal, com a qual o homem é dotado, sim com vista ao ato de pensar e discernir.
Ser subjetivo nos faz capazes de sermos também agentes de ostentação, mas o que ostentar se não a diferença entre o joio e trigo, ou seja, temos ignorância e sabedoria, precisamos saber utilizá-los com consciência a fim de se obter prudência. A essência do conhecimento está na pré-ciência, e o que é a pré-ciência? Ela é uma manifestação verbal divina que habita os corações e as vidas no universo e pode inspirar o homem que procura por sapiência, ela é como se fosse a voz da consciência, nos mostrando como entender o que pensamos e assim induzindo-nos à prática da própria ciência e da caridade em seus níveis, logo, temos muito para aprender, validando o infinito do aprendizado.
Com a vida humana instituímos fraternidade na solidariedade, com os evangelhos aprendemos a compor simplicidade, e com a inteligência humana o que conseguimos? Conseguimos muito, sendo Deus aquele que nos guarnece de forças para prosseguirmos com a nossa evolução.
Acontece que em cada fase da vida conseguimos novas visões, às quais nos indicam caminhos a seguir como seres humanos. A vida em si nos ensina a viver como sendo preciosos agentes de amor e como é importante se nutrir de vida eterna, sendo que isto está nas virtudes que acolhemos em nossas práticas de vida. De vez não sucede que o homem aprende tão simplesmente, é aí que entra o sofrimento,sendo uma meta de escolha em vida espiritual para aqueles que não consegue mais aprender com sua razão, porém, há espíritos que optam pelo sofrimento sem entender que o sofrimento humano não advem da vontade do criador, e sim funciona como impulsos de contrariedade à inferioridade humana ou espiritual, condicionando o espírito a seguir o caminho da divindade em seu instinto, assim sendo o joio é o sofrimento, o qual bane a razão divina, mas mostra ao homem o quanto ele é pequeno e que deve aprender a caminhar no infinito com seus próprios pés.