A pessoa e a vida em comunidade


As atenções humanas percebem a vida sem maiores aprofundamentos, o que revela o óbvio condicionamento a que as pessoas estão submetidas. Na natureza as sociedades animais convivem em comunidade. Os seres humanos, os quais existem em condição inteligente e, portanto, estão em condição dominante no ecossistema, ainda demonstram dificuldades em lidar com sua vida material, pois mantém a ilusão em poderem ser predatórios da própria espécie.
Amplamente desenvolvida, a cultura ajuda a identificar as tradições que promovem o avanço social, considerando a importância do desenvolvimento espiritual e físico. Em comunidade os atos coletivos emanam vida sociológica e isto é progresso social. Com o progresso da civilização, como um todo, a mesma se direciona intelectualmente e emocionalmente rumo de sua evolução, o que é concomitante ao entendimento de toda a sua existência em um nexo de progressão coletiva, sendo o viver uma experiência de transformação divina e mediante solidariedade embasada na empatia, sim a vida útil e explicável se evolui intrinsecamente, uma vez que representa o vínculo humano vital entre Deus criador e criatura.
No ideal social está contida a natureza de Deus, este criador da existência da materialização aspira a nossa integridade, oferecendo-nos condições de desenvolver a consciência, sim fala-se da necessidade infinita à humanidade e em relação à praticidade da vida. Na espiritualidade desenvolve-se o que se entende por aplicações dos desígnios divinos, possibilitando assim encarnações para o desenvolvimento social.
Segundo o mérito coletivo, nosso Deus nos concede abundantemente as suas virtudes, estas estão num estado de pensamento que visa o progresso que se evolui, este integra-se à natureza do ecossistema, possibilitando o despertar da consciência cosmica. Tal compreensão promove o nível da condição humana em que a ética é natural e os procedimentos morais estruturam a vida em sociedade.
A consciência divina se aplica na evolução e os méritos humanos são propulsores de movimento ascendente quando estão em sintonia com o desenvolvimento social. Somos vidas em contínuo aperfeiçoamento e bem orientados pela centelha divina que habita o cosmo humano.
Ao configurarmos o projeto de vida de uma nova encarnação, devemos considerar que existe a influência das percepções dos órgãos espirituais com seus sentidos, estes interferem na condição humana materializada neste mundo manifesto. Encarnados, acabamos por considerar pela interferência dessas percepções materiais, que somos designados à vida em comunidade.
A vida espiritual é um fenômeno de caridade e esse entendimento conduz a pessoa à vida sociológica em elo com o divino, e isso quando aplicada no desenvolvimento humano e orientada na compreensão do apocalipse social, o qual está em progresso evangélico.
Colocadas em sociedade as habilidades humanas se integram em uma organização política mais funcional, a mesma é orientada pela moral divina, viabilizando a expressão do pensamento com a transformação da voz ativa, pois a natureza humana tem no seu valor inestimável ação de ética progressiva.
A visão pela qual o divino apocalipse nos leva a coexistir em civilidade, ensina também a compreender o destino pelo ato da evolução, com isso a vida dos filhos de Deus tem função solidária e eterna para com o despertar da consciência.
A importância do apocalipse para a humanidade tem veracidade transitória e habilita o espírito em sua trajetória de transformação do pensamento em favor da vida na coletividade. Sintonizada a vontade do filho com a Vontade do Pai, a vida humana -útil e explicável- existe em consonância com a evolução planetária e o comportamento da humanidade vincula-se no âmbito comunitário, pela interação das afinidades coletivas.
O livre-arbítrio, na condição social, existe para a evolução planetária numa correlação entre o elementar e máximo nível de convivência, ou seja, tanto no seio da família como nas amplas relações da família universal, o que existe em função social é a consciência do homem que prática simbioticamente e humanamente o bom senso. De fato, quando sintonizadas a fé e as obras com a Vontade de Deus, as ações e atitudes humanas agem conforme o planejamento divino, assim, o sistema evolutivo passa a progredir coerentemente.
A vida espiritual agrega-se ao planejamento divino. Mesmo com a interferência da percepção dos órgãos coração e mente,junto aos sentidos psicológicos, quando disponíveis, o ser encarnado vivencia em solidariedade a inteligência dos seres desencarnados e vice-versa, também por isso a vida em comunidade engloba o plano material e também o espiritual.
Toda e qualquer aplicação inteligente em vida coletiva tem sintoma eficiente para o processo evolutivo da humanidade, de modo que a vida moral e ética do espírito soma-se em virtude à natureza do criador, resultando isso na conexão desta vida com o pulsar universal que a tudo se estende.
A consciência social, vibrando como vida divinizada, transcende o material conteúdo redentor; entrelaçam-se a consciência do ser encarnado e o desenvolvimento espiritual coletivo. Com o progresso da consciência, caridade e conhecimento são aplicados à comunidade, tornando a vida social moralmente mais evoluída e favorecida pela sintonia entre a inteligência de Deus e a do Homem, o qual gera educação, no mais amplo sentido desta palavra.
Assim sendo, tudo mais na sociedade alcança prosperidade e a humanidade experimenta a felicidade que se conquista profundamente quando a vida é naturalmente direcionada para a prática do amor, e isto com razão e vitalidade humana, conforme os desígnios de Deus. Com isso a expressão “qualidade de vida” alcança nova dimensão, pois tudo se faz suficiente para todos.