A Educação


Os motivos pelos quais vivemos nos estimulam a dar atenção a prazeres bem diversos. Quando nascemos já principiamos o sentimento de liberdade. Na primeira infância vamos aprendendo a sentir nossos instintos e explorar nossas curiosidades. O controle do gérmen instintivo se dá a partir das regras definidas pela sociedade por meio das pessoas que nos educam e vão propiciando, assim, adequação social, simultaneamente a isso, desenvolvem-se os sentimentos. Educação engloba tudo isso!
O Planeta Terra é uma escola espiritual e sua finalidade é transitória, mas depende da vontade de aprender que o estudante demonstrar pelo conhecimento, seja de si, do outro e do mundo que o cerca; sim uma célula única, unidade viva, que ele oferecerá as condições necessárias a si mesmo para que consigua se evoluir espiritualmente. De fato cabe aos educadores morais também condicionarem essa vontade, ou seja, serem mediadores do processo de aprendizagem daquele que está se modelando conforme o meio social.
Desde cedo é necessário que se aprenda a conviver com outras pessoas, visando buscar harmonia nas relações humanas, com isso procurando resolver os seus próprios conflitos. Educar para a autonomia é a maneira mais simples de favorecer a evolução deste planeta, isso diz respeito ao uso da liberdade de maneira responsável para com o mundo em que se vive. A caminho da evolução da consciência, é a experiência dos efeitos da vida fluídica e suas escolhas, quando os indicadores intrínsecos decidem sobre referidas escolhas, o que está de acordo com o seu processo evolutivo; logo é influenciado pelo mundo externo, a escolha de vida que é acompanhada das dificuldades da existência, mas isso não precisa ser intenso e sim sociável.
O princípio da impulsão vivificadora do ser encarnado na matéria é livre, mas baseia-se em respostas que o conduzem à percepção dos sentidos, limitando seus potenciais e afastando-o da virtude divina na liberdade, esta inata na alma.
No processo educacional, o raciocínio é conduzido à tomada de consciência de si, e na introspecção e no silêncio emergem os valores adequados às interações sociais, consolidando assim a orientação inteligente. Em ambientes favoráveis ao autoconhecimento é possível discernir a expressão do verbo divino na humanidade, e isso através dos sentimentos evoluídos e experimentados em ações que se dão no âmbito coletivo.
A tomada de consciência se dá intuitivamente e transcende a própria razão. A harmonia no pensamento impulsiona o ser a atingir sua natureza coletiva, onde a maturidade do espírito e os sentimentos altruístas afloram, por isso faz-se necessário educar a criança não apenas no aspecto cognitivo, mas de um modo que restaure a sua liberdade e capacite-a,tanto emocionalmente quanto espiritualmente, assim visando a experiência autêntica da vida na matéria. O desenvolvimento social é igualmente importante e vale saber que ele também pode ser aprendido.
Aprende-se sobre a existência e a interpretar o que se sente; aprende-se a ser solidário e a ser grato; aprende-se a fazer impulsos vitais ao espírito. Toda criança pode aprender a SER quem ela é, sim ao educador familiar cabe permitir-lhe isso e proporcionar as condições necessárias para que ela tenha uma boa saúde, sendo isso útil ao desenvolvimento do corpo e da alma, realmente os estímulos de benevolência são resultados também do intrínseco humano e coletivo. Claro fala-se do desenvolvimento social.
A experiência familiar começa a ser notada pela afinidade de propósitos, transformando os processos reencarnatórios, antes devotados à expiação de culpas, em redes de serviço em favor da regeneração de todos.Tendo sido educada com liberdade, responsabilidade, amor e alegria... a criança apresenta condições favoráveis para exercer sua tarefa de vivente comprometida com a comunidade em que está inserida, colocando-se em favor do desenvolvimento coletivo que propicia a evolução humana como um todo.
O alcance da humildade é naturalmente conseguido por pessoas que recebem uma educação espiritualizada. A virtude da humildade é desperta com o desenvolvimento do espírito, e é característica essencial para a vida em comunidade.O despojamento da vida imatura proporciona esperança e fortaleza para o enfrentamento das questões coletivas que requerem sabedoria e atitude.
“A vida é uma necessidade eterna”, e nela necessidades surgem. O conhecimento humaniza o conceito de caridade quando os sentimentos equilibram-se positivamente e o desapego do ato falso quimérico se estabelece, divinizando as relações humanas. Doar o que se tem, diz respeito à vida imaterial, assim sendo a quem doa não faltará, e o que recebeu, passou a ter e, portanto, já pode compartilhar também.
“Escola são pessoas”, defende o educador portugues Jose Pacheco. Ou seja, nas relações humanas é que a educação acontece,claro o processo de aprendizagem se dá na troca de saberes. No processo evolutivo apocalíptico, a reencarnação aproxima almas prontas para se despertarem e tomarem consciência do seu papel na existência. Assim, pela natural atração magnética e espiritual, a vida escolar da criança é preparada conforme afinidade, que lhe tece oportunidades favoráveis à evolução.