
A sensação do livre arbítrio
Utiliza-se o termo livre-arbítrio para designar a “possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante.” Para os seres humanos que vivem sensações e sentimentos simplificados, o pensamento em sua emancipação precisa da coordenação razoável dos seus impulsos espirituais para garantir que sua escolha não esteja condicionada a determinantes impostos pela sociedade, com os seus atributos aprisionadores, como vícios, modismos e ilusões de todo tipo.
Com o exercício do aprendizado e a caminho da evolução, os sentimentos passam por um processo de aperfeiçoamento ativo, pois o instinto requer discernimento e as relações humanas atingem comunicação de maneira real. Intrínsecos intuitos aplicam no consciente do vivente a percepção do estado sensorial, o qual capta as vibrações humanas de maneira responsável com o desenvolvimento coletivo, assim razão e sentimento se alinham quando o pensamento adequa o fundamento inteligente à vibração espiritual que impulsiona o aprendizado.
As escolhas passam a ser feitas de modo equilibrado. Não apenas considerando a razão ou o sentimento, mas ambos, e isso de forma harmoniosa viabiliza-se na complementariedade da vida mais consciência dos sintomas existenciais. É natural que as escolhas passem a valorizar o melhor para a coletividade e não apenas o desejo do ego, uma vez que o entendimento divino em nós vai se tornando consciente por nós.
No convívio em comunidade se aprimoram os sentimentos e evoluem os pensamentos.A partir da formação ativa dos propósitos morais, a vida orientada do ser humano, com sua efetiva ação na sociedade, passa a ter caminho mais salutar para o espírito. Integrado à Natureza, o homem descobre em si a unigênita vibração moral que o leva a viver com total pureza, e onde a voz de Deus pode ser ouvida.
Com o apoio da espiritualidade, segundo afinidades e impulsos coletivos e praticados, vamos tomando parte no fluxo sentimental que a tudo e todos integra, na forma da empatia divina. A consciência se desenvolve, adequando o intelecto à materialidade e claro superando-a com o conhecimento, nisso o discernimento leva a alma a caminhar em busca da felicidade, na qual se manifesta a Vontade de Deus.
As escolhas feitas pelas pessoas resultam no que elas acreditam ser. Conforme encontram a própria essência, as pessoas compreendem a divindade em si e fazem escolhas mais valiosas e responsáveis para com o futuro humano. Habituadas ao conhecimento e à prática da caridade (no sentido da doação de si), experimentam naturalmente o amor, a compreensão e a felicidade.
Levando em conta o processo evolutivo no apocalipse social, as transformações embasadas no equilíbrio entre razão e a intuição podem se estabelecer a partir de realidades em cujas relações o amor se faz presente. As habilidades pessoais são validadas pela comunidade e aplicadas em favor do bem comum. Obviamente que o comportamento da vida social em ascensão espiritual espalha a boa nova da eternidade.
A existência humana coexiste socialmente e o aprendizado vital vai lapidando o comportamento, de forma que seja aplicado para a obtenção de resultados positivos no contexto social. O desempenho do pensamento na evolução auxilia o sentimento a se apurar e a se manifestar, desde a infância.
Obviamente queTrata-se também da encarnação de espíritos adequados à compreensão social, vivendo estes junto à coletividade universal, os quais vivem no planeta para o resgate e o ensinamento do domínio emocional.
Mediante o intrínseco natural de causa e efeito, o equilíbrio dos sentimentos e o discernimento da razão propiciam a fluidez do processo evolutivo através do despertar e aplicação das demais virtudes divinas presentes na humanidade, portanto o livre arbítrio só existe, de fato, quando se alcança a liberdade das influências provocadas pela força da percepção material e através do conhecimento de si.