
A Humanidade e sua Natureza
“No princípio era o Verbo; o Verbo estava com Deus e o verbo era e é Deus, sim tudo o que existe se fez através do Verbo”.
A natureza é a aplicação divina do Verbo, seja em vida humana ou cosmica. O princípio inteligente que a tudo rege pela própria fonte de energia é regido, e isso numa interligação que une todos os seres a um único fio chamado Vida.
A gênese do pensamento materializa o aprendizado em ações. Quando a alma experimenta compromisso solidário, a sua natureza se manifesta individualmente e coletivamente, humanizando o vivente e despertando-lhe a consciência. Deveras que as virtudes humanas aplicadas ao bem comum promovem a evolução da espécie humana ocasionando até mesmo o equilíbrio ecológico.
Somos expressões humanas e com potenciais divinos Conectados ao Deus Criador, temos portanto a oportunidade de assimilar a verdade intrínseca e junto a todas as coisas, sendo isso para o nosso aprimoramento vital, claro administrado pelo intrínseco de causa e efeito naturais.
A natureza cosmica, mediante atração e repulsão física, aplica na matéria uma intensidade de força capaz de gerar harmonia sideral, o que faz do encarnado um espírito que recebe forças astrais divinas e é isso que move a sua evolução também sensorial.
Apesar da informação estar disponível ao mundo, há pessoas (muitas!) que ainda passam necessidades vitais enquanto outras (uma extrema minoria) detem os grandes recursos do planeta. Sim, Quando soubermos aceitar quem nós somos e com humildade a verdade tornar-se-á uma só, ou seja o mundo será para todos.
Periodicamente a vida material faz o seu ciclo de nascimento e morte, sim a evolução acontece e discretamente, de fato a apreciação do belo permite um movimento interior virtuoso, o qual pode ser exteriorizado por meio da expressão coletiva e também individual, claro quando somos providos de sentimentos, somos capazes de ver fluir entendimentos subjetivos e indescritíveis e isso ao apreciarmos e contemplarmos a vida que transborda, o que produz harmonia social.
Por causa dos sentimentos coléricos, podemos chegar à negligencia de costumes, esta por sua vez necessária para mostrar o senso de justiça e a busca pela eqüidade. Realmente a natureza humana está em processo de descoberta do eu divino.
A vida está em expansão e a absorção do conhecimento é uma faculdade natural dos seres humanos. No cosmo, o pensamento é uma atribuição distinta da humanidade, de modo que civilizações se somam no infinito.
O gérmen do conhecimento é ativo e assim naturaliza o comportamento racional orientando-o na humanidade e para o despertar de suas virtudes. A paz interior é que garante ao vivente o fluxo positivo de sentimentos e pensamentos, evidentemente que a solidariedade e a paz são sementes naturalmente plantadas no ventre da humanidade, apenas aguardando para germinar. Atitudes conscientes são como o adubo necessário ao espírito para que este se torne solo fértil onde as sementes de todas as virtudes divinas possam brotar. Como matéria divina e vital que somos, todos temos o potencial da vida intrínseca, pronta esta para germinar quando nossa convicção se alinha à vontade do nosso Pai e Deus.
A aplicação da vida na sociedade proporciona coesão dos pensamentos e desenvolvimento do autodomínio. Na vida organizada e em torno de rede de interação entre as pessoas existem fundamentos mentais em processo empírico de evolução planetária. As atitudes progridem visivelmente e o empenho solidário permeia a todos o acesso à sabedoria pelo princípio inteligente potencializado, portanto o desenvolvimento da consciência social depende da vida organizada em forma de rede de comunicação, onde se conecte cada um dos membros dessa sociedade.
As emoções possuem estados fluídicos de diferentes intensidades, e claro o teor de sensibilidade difere-se de pessoa para pessoa e conforme o grau de desenvolvimento emocional, realmente o equilíbrio da alma junto a seu psíquico se dá num crescente ato emocional e relaciona-se ao aspecto espiritual, sendo que um conduz o outro à evolução anímica e espiritualizada.
O perdão é atitude de extrema importância para o alcance do equilíbrio sentimental e psicológico, pois ele liberta o indivíduo de emoções negativas e de energias aprisionadas que poluem a mente, o corpo e o ambiente. Perdão significa “esquecimento do ato falho do outro em relação a nós”, sim, esquecer a falha do outro é um ato de desapego colérico e humildade, e claro com o perdão “o que o outro me fez e me afetou passou, já não existe no presente”, lembrando que “nós também falhamos com os outros”. Para a alma, entender sobre o perdão é vida para a felicidade. Ao aprender a perdoar, a pessoa está indo em direção ao outro sem julgamento ou superioridade, habilitando-se a praticar compreensão e humildade, tal experiência lhe concede leveza e entendimento.
O vazio emocional e espiritual se origina do ilusório distanciamento nosso de Deus, esta fonte de energia tal a que estamos ligados através dos nossos pensamentos, assim sendo, em nossa imaturidade espiritual, chegamos por vezes a acreditar que somos independentes e autosuficientes, como se o fato de nos afastarmos de Deus pudesse também afastá-lo de nós. Ao nos conectarmos a ele e com os nossos pensamentos, percebemos que é somente a nossa ignorância que causa a separação vital entre vidas.
Tudo o que foi dito parece óbvio, mas a compreensão humana vai se dando na medida em que a evolução do espírito possibilita uma reflexão mais aprofundada da vida e dos mistérios divinos. Ao confiar no propósito de existência que tem este planeta, é possível perceber a vida engajada em ações que são coletivas, pois é considerada a coletividade como essência vital. Maior passa a ser a responsabilidade do ser humano para com este mundo em que habita, cujo potencial regenerador vibra de forma coordenada, se ele consegue harmonizar o seu interior humano coletivamente.