
Intuição
No Cosmo existente há este planeta onde vivemos, e chamamos de firmamento o que nossos olhos percebem do espaço que o rodeia. Até mesmo nesse olhar diminuído do que é o universo transborda o desconhecido. Chega o tempo em que é possível compreender que há ainda mistérios a serem desvendados a respeito do cosmo e sobre nós mesmos, para isso, no entanto, um adequado nível de humildade deve ainda ser conquistado pela espécie humana a fim de que ela seja atenciosa à parcela da Verdade que já é possível conhecer no interior deste planeta.
Está no ser humano a causa do que ele faz, mas esta tomada de consciência só acontece quando ele entende que é capaz de escolher o conteúdo interior espiritual antes de agir. Cada pessoa traz consigo uma história que não subentende encarnações mesmo havendo memória fragmentada – sempre referente à experiência da encarnação atual – há registros na alma de todo o seu processo evolutivo desde a materialização do espírito, sim vida após vida em relação às encarnações.
Quando se escolhe a calma torna-se mais possível atuar com bom senso no palco da vida. Ausência de paciência dificulta o autodomínio e a “degustação” do momento presente, o qual quando “saboreado”, potencializa a vivência dos valores mais altruístas, uma vez que o desapego ao passado ou ao futuro liberta o espírito para que ele simplesmente seja coeso com os sentidos vitais da alma e isso sem a influência do julgamento; da culpa ou do sofrimento, os quais são aspectos oriundos do medo, ou seja, da ausência de amor. Assim viver no presente é permitir a fluência do sentimento mencionado.
Mahatma Gandhi, o líder que possibilitou a melhor capacitação da Índia pregando a não violência, dizia: “Não existe caminhos para se encontrar a paz, pois nós somos a paz”, e claro no caminho são necessárias as relações espirituais. Pode-se até intensificar a paz interior, pois é no silêncio e na introspecção que ela é identificada, mas será insuficiente se essa paz (aparente) não for colocada a serviço da humanidade, de modo a ser lapidada pela paciência; pela tolerância e pela empatia, sim a mesma não amadurece se não for estruturada e fortalecida no embate com outros pensamentos e pontos de vista, se não for capaz de tornar-se intrínseca e verdadeira nas relações interpessoais.
Cada vivente ou desencarnados, como filhos do Deus Criador da materialização, são instrumentos para se desenvolver a paz, pois ela é elemento natural, sendo que a mesma é a gênese do espírito segundo centelha de luz, à qual habita cada um de nós. Como instrumentos, os espíritos podem desenvolver a construção e manutenção da paz. A paz é validada pela pessoa enquanto ela está marchando em direção da evolução, a mesma é cosmica. O movimento deste caminhar vai desenhando no horizonte os cenários que resultam da aprendizagem vital, logo aprender a conscientizar a vida, torna-se fenômeno capaz de orquestrar os sentidos cívicos, eis então orientação civilizacional.
Nutrido de razão e perdão, o ser dispõe da sapiência que possibilita compreender as ações e os limites de outra pessoa, aceitando seu processo evolutivo e contribuindo com o seu desenvolvimento. O verbo divino une o que há em comum nas almas, salientando as virtudes já desenvolvidas por cada pessoa no consciente de um grupo ou comunidade. Claro o que une grupos humanos em favor de uma causa nobre é o que continua com a compreensão social.
Quando as necessidades materiais do espírito estiverem alinhadas vitalmente e forem entendidas como naturais e elementares para todas as pessoas, o equilíbrio evolutivo superará o conceito de igualdade humana, tornando a justiça um fator mais visível no mundo e o comportamento social mais coerente.
A intuição é uma ferramenta de que dispõe aquele que se mantem conectado a Deus e isso para a organização vibratória do processo de aprendizagem humana. Fazendo uso da intuição, o caminho a ser percorrido na existência se torna fácil de ser trilhado, como era e é para Jesus Cristo. “Meu jugo é suave e meu fardo é leve”, disse Cristo, o que significa um aprendizado coerente para um espírito se organizar em vida, eis então ação de pentecostes, o que faz da alma estado consciente e também orientado.
As aflições humanas não são oriundas dos desígnios divinos, e sim do pensamento humano distanciado da fonte de energia vital e divina, convem ao Homem ter consciência disso e assim buscar formas de sintonizar-se à frequência divina e através da centelha anímica e essencial que nele habita, visando resgatar a paz interior e disponibilizar os atributos divinos nele descobertos e isso a fim de enfrentar (sem sofrimento) os desafios que vivenciará no drama da vida. Sim, ligada à fonte de paz; amor e luz, a pessoa torna-se também paz; amor e luz. Uma vida organizada e consciente funciona no coletivo como um farol, o qual guia e inspira uma alma em sua caminhada evolutiva, realmente é desta forma que a coletividade ganha e se fortalece humanamente.